sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Aula n° 3- 16 de agosto de 2007 Parte 3


Web Aula

Como escrever notícias para a Internet

(com apoio do livro "Jornalismo Digital" de Pollyana Ferrari)


Em tempos de proliferação de sites a palavra “conteúdo” se tornou a palavra da moda. Mas os elementos que compõem o conteúdo on-line vão muito além dos tradicionalmente utilizados na cobertura impressa - textos, fotos e gráficos. Até mesmo o texto deixou de ser definitivo - um e-mail com comentários sobre determinada matéria pode trazer novas informações ou um novo ponto de vista, tornando-se, assim, parte da cobertura jornalística. O acesso a um conteúdo não é necessariamente a leitura de uma notícia, já que engloba textos que trafegam pelas salas de bate-papo, mensagens enviadas nos fóruns, resenhas de livros e discos e colunas. enfim, o conteúdo não está apenas na área de notícias dos portais, mas sim espalhado por quase todos os produtos oferecidos pelo endereço eletrônico.O desafios de escrever para a Web, possui relação com a necessidade de preparar as redações, de maneira geral, e aos jornalistas em particular, para conhecer e lidar com tais transformações. Além da necessidade de trabalhar com vários tipos de mídia, é preciso desenvolver uma visão multidisciplinar, com noções comerciais e de marketing.Nas redações on-line, a produção de reportagens deixou de ser um item do exercício do jornalismo. Há penas a produção de notícias, conhecida no jargão jornalístico como "empacotamento"da notícia. Empacotar quer dizer, receber um material produzido (por vezes de uma agência de notícias conveniada, e alterar título, abertura e alguns parágrafos em outra matéria para ser usada como link correlato, adicionar foto ou vídeo, e assim por diante. Embora seja prático e barato "empacotar" textos prontos, muitos especialistas defendem a importância do conteúdo original. O site mediainfo.com reúne depoimentos de editores e veículos contando suas experiências na Internet. O material é interessante para quem pretende trabalhar na área, já que são raras as referências bibliográficas e manuais de estilo para o jornalismo on-line. Jornalismo digital não pode ser definido apenas como o trabalho de produzir ou colocar reportagens na Internet. O profissional entra na sala liga seu computador pensa na enquete; no tema do chat, bate um “papo digital”, escuta suas músicas, tudo isto reunindo o maior número possível de assuntos e serviços ligados à reportagem. A Internet ainda está em gestação, a caminho de uma linguagem própria. Não se pode encará-la apenas como uma linguagem própria. Não podemos vê-la apenas como uma mídia que surgiu para viabilizar a convergência entre rádio, jornal e televisão. A Internet é outra coisa, uma outra verdade, logo, uma outra mídia, muito ligada à tecnologia e com particularidades únicas. Ainda estamos, metaforicamente, saindo da caverna.